Servidores do Coren-MT confirmam suposto assédio moral sofrido pela atual gestão
25/08/2021
Circulam na internet áudios oriundos de aplicativo de mensagem (WhatsApp) referentes a possíveis crimes de assédio moral praticados pelo presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), Antônio César Ribeiro, e da Conselheira Lígia Cristiane Arfeli e demais membros da diretoria do Coren-MT.
Além dos áudios, há relatos de profissionais que têm sofrido assédio moral, intimidações, processos administrativos e constrangimento por parte da direção do órgão.
Segundo servidores do Coren-MT, além das situações de assédio, a categoria tem sido ignorada constantemente pela direção do Conselho para as tentativas de negociação salarial e acordos coletivos. "Nossa reivindicação também pela questão salarial, que se encontram congelados, não sendo aplicadas as devidas reposições na data-base de maio de 2021, além do Acordo Coletivo de Trabalho e aplicação e regularização das progressões dos empregados inseridos no PCCS/1999. A atual diretoria, além de nos reprimir e constranger, ainda não respeita nossos direitos”, contou um servidor do Coren-MT, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
Consternados com a situação vários servidores do Coren-MT procuraram o Sindicato dos Empregados dos Conselhos e Ordens de Fiscalização do Exercício Profissional do Estado de Mato Grosso (SINDIFISC-MT) para confirmar a veracidade dos áudios que circulam no aplicativo de mensagem (WhatsApp) e relatar o descaso que estão sofrendo em relação aos direitos violados.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a presidente do SINDIFISC-MT, Rosangela Vieira, se reuniu em Assembleia Geral com os sindicalizados do Coren-MT para definir medidas que deverão ser tomadas referente aos vídeos que ferem a moral dos servidores e dos direitos que estão sendo desrespeitados.
Após a Assembleia realizada no dia 20 de agosto, o SINDIFISC-MT se pronunciou por meio de Nota de Repúdio.
Confira a NOTA de REPÚDIO na íntegra:
O Sindicato dos Empregados dos Conselhos e Ordens de Fiscalização do Exercício Profissional do Estado de Mato Grosso (SINDIFISC-MT) tem, ao longo dos anos, travado uma luta constante contra o assédio moral contra funcionários(as) filiados dos Conselhos de Fiscalização das Profissões.
Infelizmente, recebemos vídeos (áudios) que vem circulando nos grupos do WhatsApp, onde há declarações do presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), Antônio César Ribeiro, da Conselheira Lígia Cristiane Arfeli e demais membros da diretoria do Coren-MT, sendo este, o maior caso de assédio e desrespeito aos funcionários do Coren-MT. Tal ação, além de gerar profundo mal-estar entre os funcionários, causa revolta à categoria.
A atitude do Presidente, Sr. Antônio César Ribeiro, e da Conselheira Lígia Cristiane Arfeli e demais membros da Diretoria do Coren-MT, é inadmissível em qualquer ambiente social e absolutamente incompatível com o comportamento de um gestor público, ainda mais quando este detém posição de presidente e Conselheira secretária da diretoria.
Diante disso, o SINDIFISC-MT manifesta publicamente seu apoio e solidariedade aos funcionários do Coren-MT.
Esperamos que condutas lastimáveis desse tipo sejam punidas, em razão do grave prejuízo ao funcionário público e ao desempenho das funções da própria Autarquia, uma vez que criam um clima de insegurança para a integridade física e emocional dos funcionários que já sofrem amplo desgaste em suas atividades cotidianas.
Além da questão salarial, que se encontram congelados, não sendo aplicadas as devidas reposições na data-base de maio/2021, além do Acordo Coletivo de Trabalho e Aplicação e Regularização das Progressões dos Empregados inseridos no PCCS/1999. Sendo este reconhecimento, que buscamos junto aos funcionários do Coren-MT; através de melhorias das condições de trabalho em uma luta constante. Desde Janeiro/2021, o SINDIFISC-MT pleiteia a reposição das perdas salariais e os avanços nas cláusulas sociais junto ao Conselho, mas não houve avanços.
Desta forma, o SINDIFISC-MT e os funcionários reivindicam a reposição automática prevista no Plano de Cargo e Salários.
Seguimos firmes na luta em defesa dos direitos dos funcionários e contra o assédio!